Escolhas

Temos muito o que viver, não é mesmo? E nem sempre chorar é preciso. O definitivo, a certeza, o vínculo certeiro, não pode ser previsto, antes que chegue o fim. Então não espere o sim como se este fosse o único caminho a seguir, como se fosse a única alegria a se alcançar. Não faça promessas que não são possíveis ser cumpridas, pois por mais que planejemos, ainda não somos donos da verdade e ainda não podemos decifrar os enigmas da vida. Pessoas tão previsíveis podem seguir caminhos nunca imaginados, ou quem sabe, muito desejados...  Hoje posso dizer que se não criamos raizes, o tempo leva com tanta facilidade, que não faz falta alguma. Mas se você pôde deixar sua marca no coração do outro, saiba que será sempre lembrado, e muitas vezes, mais que lembrado, poderá ser clamado novamente por forças irresistíveis da paixão reascendida. As decisões são difíceis, pois nada garante que decidindo por um caminho, este será durável e encantador até o fim. O amor é um risco, pois onde encontrar o seu limite, onde medir sua durabilidade, onde encontrar o limiar entre ele e a paixão?  Quando nos descobrimos no outro, no seu sorriso, na sua alegria, na  preocupação com o seu bem estar e crescimento, com seu amparo, quando nos arranca lágrimas por saber que estará longe, que parece não haver solução, descobrimos também o sentimento que ali habita. Não se prevê nada. Nem o que já é concreto, nem o que está nascendo. Portanto tomo a liberdade para ir contra ao dito popular " não se deve trocar o certo pelo duvidoso". O que é certo pode se tornar duvidoso e o duvidoso pode ser o certo mais certo do mundo.... Só quero dizer pra mim mesma que nada no que se refere ao mundo mágico do coração é garantido, nem como está hoje, nem como poderia estar amanhã. Veja você como o amor é um risco, mas um risco que se corre com a certeza de que isso é que é viver.