Amigos, livros super bacanas da literatura espírita! É só clicar e baixar! Boa leitura!
sábado, 29 de maio de 2010
A hora da estrela ( Clarice Lispector )
Macabéa vive sem saber para quê. Depois de perder a tia, viaja para o Rio de Janeiro, aluga um quarto, emprega-se como datilógrafa e se apaixona por Olímpio de Jesus – que logo a trai com uma colega de trabalho. Resenha: O último livro escrito por Clarice Lispector é também uma despedida. Lançado pouco antes de sua morte, A hora da estrela conta os momentos de criação de Rodrigo, o escritor que narra a história de Macabéa. Ela sabia que a morte estava próxima e coloca um pouco de si nas personagens. Ele, um escritor à espera da morte; ela, uma solitária que gosta de ouvir a rádio Relógio e que passou a infância no Nordeste, assim como Clarice. A despedida da autora é uma obra instigante e inovadora. Como diz Rodrigo, estou escrevendo na mesma hora em que sou lido. É a autora contando uma história e, ao mesmo tempo, revelando ao leitor seu processo de criação e sua angústia diante da vida e da morte.
http://www.sinopsedolivro.com/2008/04/hora-da-estrela.html
http://www.sinopsedolivro.com/2008/04/hora-da-estrela.html
Carol, menina!
Olha a cara da Carolina!
Neste balanço que desatina
Com sorriso de menina,
Lá vai a pequenina
De jeitinho engraçado
É só sorriso ao seu lado
Com o narizinho empinado
Tem um lindo namorado!
Eita menina sapeca!
Com cara de moleca
Mas jeitinho de boneca
Viva a vida! que ainda só começa!
Homenagem ao nosso tamaguch!
Neste balanço que desatina
Com sorriso de menina,
Lá vai a pequenina
De jeitinho engraçado
É só sorriso ao seu lado
Com o narizinho empinado
Tem um lindo namorado!
Eita menina sapeca!
Com cara de moleca
Mas jeitinho de boneca
Viva a vida! que ainda só começa!
Homenagem ao nosso tamaguch!
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Carta a uma Senhora
Quero voltar ao início da segunda década do século passado, mais precisamente no ano de 1913. Lá num lugarejo pobre, nasceu um anjo. Teve uma vida difícil, perdeu a mãe cedo... sabemos as consequências quando não se tem alguém de coração bom para amparar as crianças que ficaram órfãs... Casou com militar, andou na chuva, na lama, atravessou rio, enfrentou bandido, prendeu malandro, comeu o pão que o diabo amassou nos destacamentos, mas também ajudou muita gente. Passou fome, frio, privações mil.
Fim. O companheiro foi reformado.
Mudou-se para Belo Horizonte. A vida melhorou, podia estar junto do esposo com mais tranquilidade.
Em 1966, segurando na grade, duas mãozinhas pequenas, diziam: "eu vou".
Viva a maternidade! uma pequena agora lhe alegra o dia, começou a maior caridade de sua vida!
De laço de fita, vestido bordado, sapato limpinho, sempre impecável! Fia, fia, não saia do meu lado!
Desde já a D. Totinha era amorosa, deixava pra filha comida gostosa, se tinha apenas um pão, guardava pra fia com amor no coração.
Num instantinho a casa de mãe, se torna de vó, eita quanto menino!
É aqui que se completa mais um ciclo dessa história, vó que é mãe, mãe que é vó, já não se sabe mais quem cuida mais... Vovô partiu, vovó chorou, mas logo viu que a prole aumentou. Vamos todos morar com a vovó!
Vovô deixou pra vovó o único meio de nos sustentar, foi assim que crescemos, e é assim que ainda está!
Eita vó que mudou a vida de Laurinha, mas quem disse que não era pra mudar? tava escrito nas estrelas que ali era o seu lugar!
Hoje essa carta é pra Senhora, que ainda está a nos cuidar, cuida filha, cuida netos, cuida bisneta, cuida até da Ana que agora é parte da família, e cuida ainda do periquito da Rebeca e da Latifa... Eita quantos cuidados meu Deus! Que missão é essa de cuidar.
Agradeço a Senhora e ao Vô, pelo bem que nos fizeram e a mamãe que buscou, mudou a nossa vida e muito nos amou.
Hoje a senhora não me lerá, pois já não enxerga... não me ouvirá, porque já não escuta, mas saberá que muito somos gratas ao amor que dispensou, à mão que calejou, ao descanso que evitou e as vezes que orou, agradecendo a Deus que sempre nos cuidou, através de suas mãos nos ajudou!
Saberá sim que somos gratos, pois assim como ensinou, hoje estou orando, pedindo ao senhor que lhe conte tudinho que diz meu coração: vovozinha, minha querida, és um anjo bom, que ainda hoje com 96 aninhos, em difícil condição, insiste em cuidar dos filhinhos do coração!
Obrigada Senhora, por nos causar tanta emoção!
Carta à vovó Antónia, hoje com 96 anos que ainda cuida dos seus.
Fim. O companheiro foi reformado.
Mudou-se para Belo Horizonte. A vida melhorou, podia estar junto do esposo com mais tranquilidade.
Em 1966, segurando na grade, duas mãozinhas pequenas, diziam: "eu vou".
Viva a maternidade! uma pequena agora lhe alegra o dia, começou a maior caridade de sua vida!
De laço de fita, vestido bordado, sapato limpinho, sempre impecável! Fia, fia, não saia do meu lado!
Desde já a D. Totinha era amorosa, deixava pra filha comida gostosa, se tinha apenas um pão, guardava pra fia com amor no coração.
Num instantinho a casa de mãe, se torna de vó, eita quanto menino!
É aqui que se completa mais um ciclo dessa história, vó que é mãe, mãe que é vó, já não se sabe mais quem cuida mais... Vovô partiu, vovó chorou, mas logo viu que a prole aumentou. Vamos todos morar com a vovó!
Vovô deixou pra vovó o único meio de nos sustentar, foi assim que crescemos, e é assim que ainda está!
Eita vó que mudou a vida de Laurinha, mas quem disse que não era pra mudar? tava escrito nas estrelas que ali era o seu lugar!
Hoje essa carta é pra Senhora, que ainda está a nos cuidar, cuida filha, cuida netos, cuida bisneta, cuida até da Ana que agora é parte da família, e cuida ainda do periquito da Rebeca e da Latifa... Eita quantos cuidados meu Deus! Que missão é essa de cuidar.
Agradeço a Senhora e ao Vô, pelo bem que nos fizeram e a mamãe que buscou, mudou a nossa vida e muito nos amou.
Hoje a senhora não me lerá, pois já não enxerga... não me ouvirá, porque já não escuta, mas saberá que muito somos gratas ao amor que dispensou, à mão que calejou, ao descanso que evitou e as vezes que orou, agradecendo a Deus que sempre nos cuidou, através de suas mãos nos ajudou!
Saberá sim que somos gratos, pois assim como ensinou, hoje estou orando, pedindo ao senhor que lhe conte tudinho que diz meu coração: vovozinha, minha querida, és um anjo bom, que ainda hoje com 96 aninhos, em difícil condição, insiste em cuidar dos filhinhos do coração!
Obrigada Senhora, por nos causar tanta emoção!
Carta à vovó Antónia, hoje com 96 anos que ainda cuida dos seus.
terça-feira, 25 de maio de 2010
Nostalgia.....
O mundo é mesmo muito grande, mas porque que algumas vezes ele parece tão pequeno? Cabendo apenas uma pessoa?
Nordestinos no sertão enfrentam a seca, tentam sobreviver com quase nada de água. Não existem flores, nem árvores, a terra é rachada como a pele maltratada do seu povo... me interesso pela história de vida dessas pessoas, elas certamente tem uma riqueza imensa para acrescentar na vida de uma pessoa como eu, que tenho água para beber, me banhar, divertir e até lavar o terreiro... Certamente também me interessa discutir e pesquisar porque o projeto de transposição do Rio São Francisco se iniciou, mas curiosamente só tem beneficiado os grandes agricultores e criadores de gado. Mas eu não conheço o Nordeste e passo alguma parte do meu tempo pensando em uma única pessoa. Se naquele dia ela vai enfrentar uma chuva no fim do trabalho ou se naquele momento ela pode sentir que meu pensamento é para ela.
Crianças de todas as idades estão pelas ruas e muitas outras estão nos abrigos à espera de uma oportunidade de viver em família. Essas crianças, desde pequenas têm vivido momentos de dificuldade com a família ou no meio em que viviam e muitas delas foram tiradas dos próprios pais em estado deplorável, devido ao vício dos responsáveis. Elas são tão pequenas e já viveram momentos terríveis que eu jamais presenciei. Elas conheceram a dor que eu não conheci e poder ter uma delas comigo seria uma grande escola. Uma grande oportunidade de crescimento para mim e para ela. Mas eu não adotei nenhum menino e passo alguma parte do meu tempo pensando como seria ter um filho com o rostinho dessa pessoa que habita meus pensamentos.
Outro dia estava me lembrando como é bom viver, dançar, estudar, ter mãe, ser mãe, ter esperança, amar, viajar, como é bom ver a Lua bem linda e oferecê-la a alguém, como se fôssemos pequenos Deuses e pudéssemos presentear a quem desejamos com as criações da natureza. Estava olhando pro céus e sentido que todos os problemas podem ser bem pequenos quando olhamos para a imensidão.
Outro dia estava me lembrando como viver pode ser tão doloroso, como somos egoístas e indiferentes, como é difícil ver tanta sujeira e pobreza nas cidades, como é difícil confiar nas pessoas que não conhecemos e ainda como é triste ser rejeitada e esquecida pelas pessoas que se ama, como acontecem com tantas crianças e velhos.
Hoje percebo que esses dois dias vivem constantemente dentro de mim. Fazem parte do mundo em que vivo. Quando estou sendo levada pelas ondas bruscas do mar, sinto a vida tão dolorosa. Quando estou a salvo, na praia, a vida é bonita e esperançosa.
Nordestinos no sertão enfrentam a seca, tentam sobreviver com quase nada de água. Não existem flores, nem árvores, a terra é rachada como a pele maltratada do seu povo... me interesso pela história de vida dessas pessoas, elas certamente tem uma riqueza imensa para acrescentar na vida de uma pessoa como eu, que tenho água para beber, me banhar, divertir e até lavar o terreiro... Certamente também me interessa discutir e pesquisar porque o projeto de transposição do Rio São Francisco se iniciou, mas curiosamente só tem beneficiado os grandes agricultores e criadores de gado. Mas eu não conheço o Nordeste e passo alguma parte do meu tempo pensando em uma única pessoa. Se naquele dia ela vai enfrentar uma chuva no fim do trabalho ou se naquele momento ela pode sentir que meu pensamento é para ela.
Crianças de todas as idades estão pelas ruas e muitas outras estão nos abrigos à espera de uma oportunidade de viver em família. Essas crianças, desde pequenas têm vivido momentos de dificuldade com a família ou no meio em que viviam e muitas delas foram tiradas dos próprios pais em estado deplorável, devido ao vício dos responsáveis. Elas são tão pequenas e já viveram momentos terríveis que eu jamais presenciei. Elas conheceram a dor que eu não conheci e poder ter uma delas comigo seria uma grande escola. Uma grande oportunidade de crescimento para mim e para ela. Mas eu não adotei nenhum menino e passo alguma parte do meu tempo pensando como seria ter um filho com o rostinho dessa pessoa que habita meus pensamentos.
Outro dia estava me lembrando como é bom viver, dançar, estudar, ter mãe, ser mãe, ter esperança, amar, viajar, como é bom ver a Lua bem linda e oferecê-la a alguém, como se fôssemos pequenos Deuses e pudéssemos presentear a quem desejamos com as criações da natureza. Estava olhando pro céus e sentido que todos os problemas podem ser bem pequenos quando olhamos para a imensidão.
Outro dia estava me lembrando como viver pode ser tão doloroso, como somos egoístas e indiferentes, como é difícil ver tanta sujeira e pobreza nas cidades, como é difícil confiar nas pessoas que não conhecemos e ainda como é triste ser rejeitada e esquecida pelas pessoas que se ama, como acontecem com tantas crianças e velhos.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Quarto de Despejo é mais do que o retrato de uma favela. É a denúncia das condições de vida de uma comunidade marginalizada, por alguém que dispunha de poderosa arma e que soube utiliza-la como nenhum outro: a palavra. E dessa arma Carolina Maria de Jesus fez o uso devido. Relatou, descreveu, mostrou o sofrimento, as agruras da fome, preocupada não com apuro formal da linguagem , mas com o conteúdo de sua mensagem. O sonho de escrever um livro com “os argumentos” que os favelados lhe forneciam realizou-se.
É importante ressaltar que foram vendidos em torno de um milhão de exemplares em cerca de quatorze países. É uma das obras brasileiras mais vendidas, tendo sido traduzida em mais de treze línguas.
http://www.portrasdasletras.com.br/pdtl2/sub.php?op=resumos/docs/quartodedespejo
http://www.portrasdasletras.com.br/pdtl2/sub.php?op=resumos/docs/quartodedespejo
sábado, 15 de maio de 2010
By Selma Corrêa
"Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma
vez, geralmente antes dos 30 anos.
Não contaram pra nós que amor não é acionado, nem chega com hora marcada.
Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade.
Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece
carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.
Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um": duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava.
Não nos contaram que isso tem nome: anulação.
Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável.
Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de
hora devem ser reprimidos.
Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os
que transam pouco são caretas, que os que transam muito não são confiáveis,
e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto.
Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto.
Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para
todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade.
Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são
alienantes, e que podemos tentar outras alternativas.
Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente.
Cada um vai ter que descobrir sozinho.
E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser
muito feliz e se apaixonar por alguém..."
vez, geralmente antes dos 30 anos.
Não contaram pra nós que amor não é acionado, nem chega com hora marcada.
Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade.
Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece
carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.
Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um": duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava.
Não nos contaram que isso tem nome: anulação.
Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável.
Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de
hora devem ser reprimidos.
Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os
que transam pouco são caretas, que os que transam muito não são confiáveis,
e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto.
Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto.
Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para
todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade.
Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são
alienantes, e que podemos tentar outras alternativas.
Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente.
Cada um vai ter que descobrir sozinho.
E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser
muito feliz e se apaixonar por alguém..."
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Este livro foi um presente de um amigo em janeiro de 2002. É simplesmente... um banquete! Não deixe de conferir!
O Banquete de Platão, um Resumo
"O Banquete" é um livro de diálogos de Platão atribuído a ele mesmo e não a Sócrates, seu mestre. O pano de fundo são os sete discursos acerca do deus Eros, o deus do amor. Diz-se que depois de muitas festas, com bebidas em excesso, resolveram dar uma trégua à orgia e instituíram um encontro filosófico sobre o elogio ao deus Eros, sugerido por Erixímaco. Os oradores, em ordem de apresentação, foram: Fedro, Pausânias, Erixímaco, Aristófanes, Agaton, Sócrates e Alcibíades.
Fedro, o primeiro orador a falar, coloca o Eros como um dos mais antigos deuses, que surgiram depois do Caos da terra. Pelo fato de ser antigo, traz diversas fontes de bem, que é o amor de um amante. De tudo o que o ser humano pode ter – vínculos do sangue, dignidade e riquezas – nada no mundo pode, como Eros, fazer nascer a beleza. É o Eros que insufla os homens a grandes brios. Só os que amam sabem morrer um pelo outro.
Pausânias, o segundo a falar, critica o elogio a Eros, feito por Fedro, porque o deus Eros não é único, pois há o Eros Celeste e o Eros Vulgar. Para ele, qualquer ação realizada não é em si mesma nem boa nem ruim. Para que uma ação seja boa, ela deve se fundamentar na justiça. O mesmo se dá com o amor. Atender ao Eros Vulgar é prender-se à cobiça, à iniqüidade e aos caprichos da matéria. Para atender ao Eros celeste, deve agir segundo os cânones da justiça e da beleza celeste.
Erixímaco, o terceiro orador, educado nas artes médicas, quer completar o discurso de Pausânias, dizendo que o Eros não existe somente nas almas dos homens, mas em muitos outros seres: nos corpos dos animais, nas plantas que brotam da terra, em toda natureza. Para ele, a natureza orgânica comporta dois eros: saúde e doença, e que "o contrário procura o contrário". Um é o amor que reside no corpo são; o outro é o que habita no corpo enfermo. Tal qual a medicina, que procura a convivência entre os contrários, o amor deve procurar o equilíbrio entre as necessidades físicas e espirituais.
Aristófanes, o quarto orador, começa o seu discurso enfatizando o total desconhecimento por parte dos homens acerca do poder de Eros. Para conhecer esse poder, ele diz que é preciso antes conhecer a história da natureza humana e, dito isto, passa a descrever a teoria dos andróginos, que é o mito da nossa unidade primitiva e posterior mutilação. Segundo Aristófanes, havia inicialmente três gêneros de seres humanos, que eram duplos em si mesmos: havia o gênero masculino masculino masculino, o feminino feminino feminino e o masculino feminino masculino, o qual era chamado de Andrógino.
Agaton, o quinto orador, critica os seus antecessores, pois acha que eles enalteceram Eros sem contudo explicar a sua natureza. Ele diz: "Para se louvar a quem quer que seja, o verdaeiro método é examiná-lo em si mesmo para depois enumerar os benefícios que dele promanam". Diz, ao contrário de Fedro, que Eros é um deus jovem. Depois passa a enumerar as suas virtudes, ou seja, a justiça, a temperança e a potência desse deus.
Sócrates, o sexto orador, considerado o mais importante dos oradores presentes, afirma que o amor é algo desejado, mas este objeto do amor só pode ser desejado quando lhe falta e não quando possui, pois ninguém deseja aquilo de que não precisa mais. Segundo Platão, o que se ama é somente "aquilo" que não se tem. E se alguém ama a si mesmo, ama o que não é. O "objeto" do amor sempre está ausente, mas sempre é solicitado. A verdade é algo que está sempre mais além, sempre que pensamos tê-la atingido, ela se nos escapa entre os dedos.
Alcibíades, o sétimo orador, procura muito mais fazer um elogio a Sócrates do que discorrer sobre o amor.
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Marcas da Maternidade
O desejo incontido de ser mãe. O desejo de cuidar, acolher, amamentar, acarinhar, conversar, cantar, ninar.... o desejo de amar. Um amor incondicional, sem cobranças, sem esperar nada em troca, mesmo que, quando se é mãe, você recebe um milhão de vezes mais o amor que julgas dar. Recebe através do sorriso, do balbuciar, do olhar...
As marcas da maternidade vão além do novo corpo, das tão temidas estrias e terríveis celulites, as marcas da maternidade estão, para sempre, na alma. Marcas de dor misturadas com alegria, expectativas com frustrações, medos e certezas, responsabilidades e desafios muito maiores que qualquer outra aventura, pois envolvem 100% a responsabilidade sagrada pelo outro.
Ser mãe não é só orgânico, vai muito além disso, toca onde a consanguinidade não chega: no espírito. Muito mais que conceber é o ato de educar, cuidar, ORIENTAR.
Quando eu fui mãe, eu pude entender a minha mãe....
Feliz Dia das Mães!
Beleza
-->
Será que a beleza física se sobrepõe ao que há de interessante no espírito da pessoa? Trazendo o conceito de espírito: "princípio inteligente do universo" - resposta da pergunta: O que é o Espírito. Pergunta 23, cap. II do Livro dos Espíritos.
Será que a essência de cada ser é representada pela roupagem que ele trás consigo? Uma voz suave orienta ou está sempre a condenar e a maldizer? Os braços fortes o são por trabalho digno ou por açoitar seu irmão? O corpo saudável e bem feito de uma mulher é instrumento divino para contribuir com sua evolução ou instrumento de interesses mesquinho que acelera sua derrocada? Um rosto harmonioso trás consigo a harmonia interna ou esconde o desequilíbrio?
Muitas são as perguntas, mas a resposta é simples: a beleza externa é passageira a interna eterna. A beleza externa pode te ajudar a subir os degraus que nos levam a evolução, se for bem orientada, porém por tempo determinado. Já as virtudes não possuem validade.
O que buscamos nas pessoas reflete o que gostaríamos de oferecer. Pois bem, busco o que há de mais verdadeiro. O quanto for possível descobrir. Encontramos muitas coisas bonitas, interessantes, curiosas, mas também encontramos os defeitos, os desvios de conduta (tendo aqui como referencia a moral cristã), o orgulho, a vaidade, o egoísmo. O mais mágico, mais maravilhoso, e talvez, surpreendente é você descobrir após algum tempo o que mudou na verdade deste ser. O que foi acrescentado na sua sensibilidade, no seu bom senso, no seu humor, o que cresceu em tudo aquilo que já era inerente ao seu ser como qualidades. Ainda mais interessante é descobrir o que mudou nos seus defeitos. Os erros são necessários para o progresso. E quando conseguimos transformar os nossos defeitos estamos evoluindo. A perfeição não existe aqui na Terra, mas a busca pela melhora deve ser incansável, pois nada mais triste que a estagnação.
A beleza física, numa sociedade no patamar de evolução como a nossa, pode ser o passaporte para multiplicar o bem com maior facilidade, mas a beleza interior é um pré-requisito indispensável. Aqueles que não se encontram nos padrões de harmonia criados pela sociedade, se possuem essa luz interior que se chama virtude, são ainda mais vitoriosos, pois possuem passaporte em qualquer plano, físico ou espiritual.
quinta-feira, 6 de maio de 2010
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Econometria: "É a principal ferramenta quantitativa das ciências econômicas e sociais, utilizando-se de métodos estatísticos e funções matemáticas aplicadas à economia, consegue traduzir em números os objetos de estudo econômico."
Ai ai ai... essa matéria já deu o que falar na sala. Será muito útil para nós, futuros gestores públicos, porém tem que ser ministrada com muita cautela...
Assim o nosso queridíssimo Elton tem feito, aos trancos e barrancos, nas aulas particulares. Quem teve a oportunidade de assistir suas aulas podem opinar, aqueles que não puderam participar.... perderam a oportunidade super bacana de aprender econometria sem sofrer, rsrsrssr!
Elton, valeu!!!
domingo, 2 de maio de 2010
Coisa interessante essa de começar a escrever num blog. Sinto-me com dez ou doze anos, ansiosa para escrever em meu diário, aquilo que eu gostaria de confidenciar a uma amiga que me entendesse perfeitamente. O gostoso de escrever é poder depois relembrar, avaliar e rir... ou chorar e até, quem sabe, descobrir que continuamos pensando daquele mesmo jeito. Enfim, espero ter coragem para continuar escrevendo e que isso possa me dar prazer.
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